terça-feira, 12 de janeiro de 2010

" Mais um dia... e que dia! "

Pontualmente atrasado as 7:39 horas antes da metade do dia, ele se levanta e vai até o banheiro... se olha no espelho e subitamente assusta-se com seu próprio cabelo, mas nada do que ele não já esteja acostumado... joga uma água no rosto, escova seus 33 dentes e anda pela casa se despedindo dos pais que já saindo estavam, para enjoar mais um pouco da rotina de seus dias... e que dias!
Ele anda só pela casa, pega uns degustes e poe na mochila e a joga nas costas... e assim ele também vai trabalhar e enjoar do início da sua rotina de trabalho, pois a 4 dias ele trabalha apenas... lá se foi ele, sonolento, porém disposto!
Chega ao trabalho, exatamente as 8:29 horas antes da metade do dia. Toda a rotina do início do dia é feita, bom dia a todos, sobe e desce de escadas, confere isso, aquilo, passa calor e também passa frio.
Vai chegando a primeira hora mais esperada do dia, a hora do almoço, e juntamente com ele, sua mente faz com que seu estômago fique anciosamente esperando... e claro, roncando!

Let's go to the hanghow!

Ele pega sua mochila, tira sua toca da cabeça e arruma o seu cabelo, que mais se parece com um panetone, e sai.
Degustantemente a refeição é feita... e bem paga, com seu novo cartão de vale refeição, coloca na conta da empresa! Quem dera se fosse assim... nada que não justifique o desconto mais que descontado na folha de pagamento... Ah! o PEIDEI... o tão esperado Pay day! Esse é o motivo da nossa bendita vida rotineira de serviço.

Ele sai com sua mochila nas costas, seu celular por entre a calça e seu livro na mão, Laços de Família de Clarice Lispector, e vai andando observando seu ambiente de convivência diária, e pensando consigo mesmo: " É... nós mesmos nos enforcamos com nossas próprias conquistas e desejos! Estamos matando-nos aos poucos... ".
Vai até o banco para abrir uma conta para receber o "faz-me rir" no dia 5 e 20... o tão esperado... PEIDEI! Ou melhor... PAY DAY... para não ficar tão chato. Ele é barrado na porta detectora de metais, tira suas chaves, celulares, carteira com moeda e relógio... e então passa após dizer que nada mais há de metálico na mochila... entra e tem vontade de esmurrar o guardinha de merda que fica lá, pois ainda havia uma chave nº 13/14 dentro... mas tudo bem... ele entra, senta na poltrona, pega seu livro, e começa a ler até ser chamado para ser atendido. A moça o chama...
Ele deseja um bom dia à atendente e diz: "Quero abrir uma conta salário... sou de tal firma, por favor." e assim a moça mais do que simpática, conversando no telefone, com ele, e com mais 2 de uma só vez, faz o seu começo de serviço... e depois de um tempo, ela pergunta como quem não quer nada: "Você é universitário?!?" ele pensou um pouco e respondeu, sim! - que orgulho de mim mesmo! - e ela diz que ele teria previlégios para abrir a conta, então assim o fez!
Conversando com ela, disse que iria começar a fazer teatro profissional e coisa e talz... papo vai papo vem... processo terminado! Ele pega suas coisas e vai embora, feliz da vida por ser um universitário nesse ano de 2.010...
Volta à empresa... assina o diário de frequência da empresa e volta à sua rotina... no andar de cima, e sua mochila no andar debaixo, junto ao vestiário... ele totalmente entretido com seu serviço, esqueceu dos celulares dentro de sua mochila, lá embaixo! As colegas de trabalho ligam para o colega de trabalho do andar de cima, para avisá-lo do tocar dos seus celulares, porém a gerente estava do lado... o colega não pode atender... e por isso mesmo ficou...
Ele vai até o andar debaixo para ver seus celulares, pois não parava de tocar, que até foram avisá-lo.
Ele chega e ve 13 ligações perdidas em um celular, e 7 no outro... e logo no mesmo instante o telefone do setor toca, dizendo que era a mãe dele... ele estranha, mas atende...

- Alô, mãe?!
- Oi Ton!!! - aos prantos, sem conseguir falar... e o desespero bate! -
- Que foi mãe? O que aconteceu?! - com as mãos tremulejando aos poucos -
- Ton, ligaram aqui no meu celular me dizendo que bandidos estavam com você, e me pediram dinheiro...
- Não mãe, eu to aqui no serviço, "tá" tudo bem! Calma... por favor!
- Ái Ton, fala mais alto! Não to entendendo direito... vou tomar um copo d'água!
- Assim "tá" melhor, mãe?!
- Sim... mas Ton, fiquei desesperada, me pediram dinheiro, falaram que iam te matar e eu não sabia o que fazer! Mas "tá" tudo bem aí não é?!
- Está mãe, "tá" sim! Se acalma mãe...
- Seu pai tá indo aí... - ele escuta o ronco da moto a soar na frente da empresa, e diz:
- O pai já chegou, vou lá falar com ele mãe, se acalma "tá", "tá" tudo bem!
- "Tá" Ton, tchau, um beijo!
- Beijo mãe, eu te amo!
- Tchau! - desmorona novamente em lágrimas... -

Ele corre para fora, vê seu pai com os olhos vermelhos, e também os enche de lágrimas! Dá um abraço em seu pai e diz que está tudo bem e também ouve o que diz seu pai:

- Eu falei para sua mãe que era trote! Mas ela "tava" desesperada, quase saindo correndo para o banco "pra" distribuir dinheiro para aqueles trouxas! Vou ligar para ela e acalmá-la! Me passa o telefone daqui...
- Eu já conversei com ela agorinha, tava atordoadinha, tadinha!
- Bom, vou lá filho! Fechei a empresa "pra" vir aqui, estava sozinho justo hoje!
- Está bom pai, e justo hoje eu estava sem meus celulares em mãos também! E me acontece isso!
- Que coisa hein... bom, vou lá! Tchau filho!
- Tchau pai!

Ele entra e conta o fato para o pessoal do trabalho... nada que os espante, pois já se tornou normal para a sociedade!
Ele trabalha o resto da tarde pensando nisso... dá seu horário, ele corre e vai para casa pegar o carro e buscar sua mãe, e assim o fez!
Chegando em casa o telefone toca, sua mãe! Pedindo para a buscar no serviço... e ele vai.
Com seu pai junto, vão ao encontro da mãe.
Chegando, ela entra e diz:

- Tonzinho! - =D com um sorriso no rosto -
- Oi mãe! Estou bem, estou aqui e bem gordinho! - Todos dão risada... -

Vão para casa com um único assunto, o falso sequestro do filhinho único e querido!
Chegam em casa... batem um papo... e tudo acaba bem, depois de muito transtorno!
E então a rotina caseira entra em cena nesta hora... em meados de 18 horas depois da metade do dia...
E depois de tantos diz que me diz... o dia inícia o seu fim bem, com todos bem!

E esse foi mais um dia... e que dia! Muito prazer... esse foi o meu dia de hoje!
Confesso a vocês que diante do ocorrido, cheguei a pensar o pior!

"Pensamentos vagam quando algo nos acontecem... tente sempre pensar positivo, pois os mesmos pensamentos que vão, voltam! E na volta... algo de bom é sempre melhor do que aquela coisa ruim que foi indevidamente pensada... pense muito mais antes de pensar mais alto!"

Álisson A. Felipe

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